O turismo tem sido um dos setores mais impactados com a crise do coronavírus e a necessidade do isolamento social. Da mesma forma que as empresas da área sofrem, os viajantes também têm sentido a crise, bem como os que produzem conteúdo sobre viagem.
É diante desse contexto que surge as ações de sensibilidade para com o momento, a partir do incentivo a campanhas de contenção e promoção de “turismo a distância”, a partir da vivência, ainda que virtual, de inúmeras culturas.
Alguns pontos turísticos já têm agido dessa forma. Os museus, por exemplo, têm se adequado e promovido visitas virtuais com maior frequência do que era feito antes da quarentena.
Nesse momento, os produtores de conteúdo precisam ser criativos para incentivar ações de turismo seguras. É um bom momento para que os viajantes busquem mais informações para suas viagens e, claro, façam os planos para o futuro. Como diz Douglas Adams, em O Guia do Mochileiro das Galáxias, “é muito importante ter coisas pelas quais esperar ansiosamente”, principalmente em tempos tão incertos.
Várias pessoas que escrevem sobre turismo têm se saído bem ao motivar os leitores a utilizar seu tempo para pesquisar, planejar e rever roteiros. Muitos influenciadores também buscam incentivar o cenário do turismo pós coronavírus, com o adiamento das viagens, e não seu cancelamento.
Além disso, têm surgido ações para aproveitar o tempo em casa viajando virtualmente – a chamada de viagem do sofá – e até realizando intercâmbios culturais por meio de aplicativos.
O Tinder, por exemplo, lançou o “passaporte Tinder”: como os encontros virtuais estão temporariamente indisponíveis, a geolocalização saiu de cena. Assim, é possível “viajar” pelo app de paquera por diversos países, para ver quem são e como se posicionam os e as “pretendentes” de outras culturas.
Programações online durante a quarentena
O Museu Casa de Portinari se adequou ao isolamento e, com a campanha #CulturaEmCasa, está promovendo, diariamente, várias atividades virtuais. Há uma agenda que conta com diferentes exposições e até um tour pelo ateliê do artista.
Em São Luís, o Museu da Memória Republicana também fechou com a pandemia e, agora, oferece uma visita virtual. Outras opções em pontos turísticos podem ser encontradas no Google. Unido a vários museus, o Google Cultura e Arte oferece diversos tours interativos.
Seguindo a linha das visitas online, o perfil YesMilano tem publicado, prioritariamente, as fotos de pessoas em casa. Além disso, criaram a ação “YesMilano Home” que traz vários recursos online para que os turistas possam ter experiências do local sem sair de casa.
Ver o mundo sem sair de casa
Os produtores de conteúdo também têm ganhado destaque nas ações durante a quarentena. Marcio Nel Cimatti, do blog A Janela Laranja, é um deles. Desde 2006, o viajante, que já conheceu mais de 60 países, dá dicas para quem também quer desbravar o mundo.
Nesse momento de isolamento, Marcio tem procurado dar mais atenção a informações sobre o cenário atual, falando das regras de reembolso, decisões das companhias aéreas e outros assuntos do tipo.
Além disso, em alguns post, tem dado dicas sobre o que fazer em casa, principalmente com as crianças, e incentivado a viagem sem sair de casa por meio do Google Maps. Em poucos passos, ele ensina como realizar passeios virtuais ao redor do mundo através da ferramenta e, ainda, sugere alguns pontos de visitação.
A Claudia Beatriz, do blog Aprendiz de Viajante, também tem contribuído com informações relevantes a partir de lives em suas redes sociais. Nelas, conversa com blogueiros e especialistas da área para dar dicas de turismo em casa. Em seu blog, encontramos posts que buscam inspirar seus leitores amantes de viagem a superar esse período de malas desfeitas.
Otavio Furtado, do blog Maior Viagem, tem dedicado seu tempo a informar sobre a situação atual. Em seus stories no Instagram ele publica, desde o início da quarentena brasileira, notícias sobre o fechamento das fronteiras. Também tem dado orientações sobre os cancelamentos de viagem, divulgando as decisões das companhias aéreas em relação a adiamentos e reembolsos e, com isso, incentivado o adiamento das viagens em vez do cancelamento.
Além dessas informações, o blogueiro tem divulgado opções de turismo “sem viagem”, como a visita virtual a Nova York. Outra ação é o jantar com os amigos, incentivando o público a se unir, via chamada de vídeo, para a refeição com bate-papo.
Em conclusão, ações de turismo como essas nos revelam o óbvio: experiências online são diversas, possíveis e, muitas vezes, subestimadas. Precisamos aproveitar melhor o que a rede nos proporcionam.
Se você tiver uma alternativa de “viagem sem sair de casa” que não foi citada no texto, deixe a sugestão nos comentários para que, juntos, possamos aumentar essa lista.