Como já estamos falando há semanas, o mundo parou depois que a Organização Mundial da Saúde declarou pandemia em 2020. Nesse contexto, já se imaginava que o impacto no ramo do turismo seria imensurável, diante de tamanha crise.
Entretanto, mesmo com todos os desdobramentos contrários ao turismo, as startups de viagem continuam ganhando dinheiro. Por que isso acontece?
Empresas de viagem dessa natureza recebem investimentos por diversas fontes, incluindo os investidores de risco e grandes empresas do setor. Nos três primeiros meses desse ano, por exemplo, grupos de investimento usaram 1,4 bilhão de dólares em captação de recursos em 57 startups de viagem.
Para entender como as startups continuam a ganhar dinheiro, basta analisar os investimentos recentes. A Oyo Hotels & Homes, por exemplo, levantou 807 milhões em financiamento da RA Hospitality e uma unidade do SoftBank Vision Fund, ainda que esteja passando por uma situação periclitante.
Outra constatação: a Thayer Ventures fechou, recentemente, um fundo de 80 milhões de dólares para investir nas startups de viagem e transporte.
O diretor administrativo da empresa, Chris Hemmeter, mencionou sua observação na introdução de ferramentas de automação em hotéis e aluguel de curto prazo, o que já denota seu interesse nas empresas de tecnologia. Para mais, a Thayers Ventures procura fazer de seis a oito investimentos adicionais com o fundo e estão focando, atualmente, em oportunidades na Europa.
Startups de outros ramos de atuação, como as que fornecem serviços para as empresas de viagem, também têm conseguido financiamentos significativos. Além delas, empresas que focam em alavancar pequenos negócios, ajudando-os a passar pela crise, encaram um cenário promissor.
A Life House, startup que administra redes de hotéis, por exemplo, tem acompanhado uma demanda crescente pelo serviço de ajuda gerencial. Isso porque os proprietários de hotéis menores e independentes têm passado por dificuldades ao lidar com a pandemia e, com isso, procuram empresas que possam dar boas ideias de gestão.
Startups de viagem apontam para um futuro promissor?
Apesar do cenário ser instável, podemos ter esperanças de que, a partir do exemplo das startups de viagem, outros setores do turismo também tenham força para se reerguer. O segundo trimestre, aparentemente, promete redução de custos, com os investidores desacelerando seu ritmo.
Portanto, ainda que estejamos cercados de incertezas, há como estudar o mercado e entender como encontrar, na crise, oportunidades de crescimento.
E você, como acha que será a situação para as startups de turismo, e principalmente para as pequenas empresas do ramo, nos próximos meses? Deixe seu comentário para continuarmos a conversa.