Se viajar já é um bom negócio aqui, na realidade “tradicional”, imagine quais não podem ser os benefícios de utilizar a realidade virtual, ou VR (sigla para a expressão em inglês, “virtual reality”), podem trazer ao setor.
A realidade virtual é uma tecnologia de interface que permite que um usuário sinta-se completamente imerso em uma experiência que não está acontecendo na realidade “tradicional”, mas é facilitada através de um ambiente virtual com ferramentas para acessá-los. Os mais populares, hoje, são os óculos de VR, capazes de induzir não só efeitos virtuais, como também sons e estímulos táteis, que provoquem a interação entre a pessoa e a máquina.
É fácil ver óculos e headsets, ferramentas de realidade virtual, em shoppings e feiras de tecnologia, na maioria das vezes com propósitos voltados ao entretenimento. Nos shoppings, por exemplo, você pode se aventurar em uma montanha russa ou em um passeio ao aquário – sem que nenhuma dessas duas coisas estejam lá. Através de óculos e fones você é transportado para essa realidade, e isso aumenta a receita de quem pensou em prover a brincadeira.
Mas toda essa tecnologia pode – e deve – ser utilizada, também, no setor de turismo. E, se você ainda não sabe como isso pode ajudar sua cidade ou empresa, esse texto é pra você.
Como a Realidade Virtual pode impactar o Turismo?
Você leu, ali em cima, que hoje a VR é comumente utilizada para o entretenimento. Mas, no setor de turismo, ela também pode ajudar os viajantes a encontrar destinos novos para desvendar. Sabe aquela cidade que não tem atrações famosas? Elas podem se utilizar das ferramentas de realidade virtual para se tornarem atrativas a seu público.
Como? Através de tours virtuais que permitam que os viajantes possam ter uma experiência com a cidade antes mesmo de reservar sua viagem. Pelo menos é isso que sugere a empresa de turismo africana Matoke Tours, que criou um vídeo 360 graus que mostra seis experiências diferentes em Uganda (veja abaixo).
As mesmas plataformas são utilizadas atualmente por empresas de hospedagem como a rede de hotéis Marriott, que disponibilizou equipamentos de realidade virtual para que seus hóspedes pudessem ver, ainda na cama, o que fazer em diversas cidades do mundo, como Santiago, Pequim e Londres (exemplo abaixo).
E não para por aí: até agências de viagens de luxo, como a Virtuoso, tenta utilizar as ferramentas de realidade virtual para atrair um público classe A. A ideia da empresa é a de que, depois de fotografias, livros e guias de viagem, a VR é a nova forma de conectar pessoas a seus destinos preferidos no mundo.
O impacto financeiro da VR no Turismo
A tendência é que esses exemplos só se multipliquem daqui pra frente, aumentando a receita de empresas e cidades ao redor do mundo. Especialistas afirmam que há uma expectativa para que, até 2020, 37 milhões de dispositivos de realidade virtual estejam em uso no mundo todo, e não só para fins turísticos.
Isso significa que, com mais oferta, o serviço não só ficará mais barato para quem o presta como, também, o mercado pode dar mais noções de como utilizar a VR para melhorar os negócios. Algumas ideias são, além da inspiração para que clientes fechem viagens (como mostrado nos exemplos acima), usar a realidade virtual para treinar agentes de viagens ou anunciar produtos e serviços através do entretenimento que as plataformas e ferramentas proporcionam ao usuário final.
Estamos falando de um mercado que se capacitará, com a tecnologia adequada, para gerar bilhões em vendas. Afinal, através da realidade virtual, viajantes podem se tornar mais seguros de suas escolhas, evitando frustrações e aumentando indicações, e empresas e governo podem estar mais bem preparados para vender seus pacotes.
Ou seja, essa é uma saída para melhorar a realidade “real” – e, com a ajuda do virtual, ela pode ser melhor do que nunca.