Quem pensa na rua apenas como um espaço de pessoas apressadas, trânsito maluco e rodeada de prédios e edifícios já pode mudar sua perspectiva. A arte urbana passa a integrar esse cenário de asfalto e concreto, trazendo beleza, animação, interação e muita tecnologia.
Em meio a pinturas, grafites e outras expressões artísticas, a arte urbana acaba se misturando a outros estímulos visuais característicos de espaços públicos, como letreiros luminosos, peças de propaganda e os contornos arquitetônicos das cidades. Assim, desperta no público sentimentos de pertencimento, além de reflexões voltadas para a história e cultura local.
Mas, afinal, como a arte urbana e a tecnologia se relacionam?
O conceito de arte urbana, que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970, envolve todo tipo de manifestação artística encontrada nos espaços urbanos. Estamos falando de intervenções, performances, teatro, esculturas e grafite, entre outras expressões do gênero.
Espalhada em todo o mundo, a arte urbana promove ações em ambientes públicos que interagem com os indivíduos, sem, necessariamente, frequentar um museu ou galeria para ter acesso a esses produtos culturais. Afinal, ela está disponível nas ruas, muros, prédios e viadutos. Basta um olhar sem pressa em torno desse ambiente e permitir se envolver por esses projetos.
Com o avanço da tecnologia, a arte urbana vem ganhando um elemento a mais: a inovação.
Não é de hoje que o mundo vem se apropriando da tecnologia para trazer conforto e praticidade para à vida – e a arte urbana pegou carona nessa onda de inovações para explorar e melhorar a interação do homem com a cultura nos espaços abertos.
A utilização de drones, QR Codes, realidade virtual, sensores e inteligência artificial, entre tantas outras técnicas, dão vida às obras, possibilitando uma experiência única e interativa.
E o que não falta nesse movimento artístico de rua é a criatividade. Por isso selecionamos algumas obras de arte rua que foram transformadas pela tecnologia.
Grafite pintado por drones
Os drones têm sido responsáveis por auxiliar grafiteiros na criação de arte urbana. Na Itália, um projeto de mural colaborativo conseguiu coletar inúmeras ilustrações através de um aplicativo.
Com a arte pronta e carregada no computador, as instruções de pintura foram enviadas para quatro drones equipados com tinta que funcionaram por 12 horas para montar o mural de 46 metros de largura e 39 metros de altura.
Mural com realidade aumentada
A realidade aumentada é uma tecnologia de interface entre o usuário e o sistema operacional que cria a sensação de presença da pessoa no ambiente digital. O recurso, antes disponível apenas em óculos e headsets, hoje também é acessível nas telas de smartphones, possibilitando uma experiência autêntica e menos restritiva, já que o celular é um item que quase todo mundo tem.
A cidade de São Paulo, por exemplo, conta com a primeira fachada do país com realidade aumentada, em que o artista mistura um desenho de 800 m² com tecnologia. A mágica acontece quando as pessoas apontam o celular para o grafite por meio de um QR Code. Nele, a imagem começa a se movimentar e ganhar animação.
Video mapping
Vídeo mapping é uma técnica que projeta vídeo em objetos ou superfícies irregulares, como estátuas e edifícios, criando efeitos tão impactantes que parecem ganhar vida. Uma instalação com esse método foi apresentada em Belo Horizonte (MG) com o nome de Festa da Luz.
Monumentos e partes icônicas da cidade foram tomadas por ondas eletromagnéticas misturando arte urbana, tecnologia e arquitetura, levando cores, alegria e poesia para a população que passeava à noite pela capital mineira.
Com essas dicas e informações, tenho certeza que você vai passar a ver a arte urbana com mais atenção e curiosidade.
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