Quando o Twitter começou a ser popular no Brasil, pelos idos de 2009, “tuitar” virou febre tão rápido que o verbete foi parar no dicionário Aurélio.
Um dos grandes chamarizes de público para a plataforma foram as celebridades, que alimentavam seus próprios perfis e, assim, tornavam-se mais próximas de seu público. A rede social chegou a ser uma das preferidas, durante muito tempo, mas caiu do segundo lugar da preferência de público no país para a quinta.
E, atualmente, vive uma inconstante: não sabemos se o Twitter sobreviverá se não for vendido, ainda que seus executivos estejam cada vez mais empenhados em achar soluções para a manutenção do microblog.
Até agora, só más notícias, certo?
Mas aqui vai um respiro de alívio: apesar disso tudo, o Twitter ainda conta com usuários fiéis, que levam a rede social a sério e interagem com o conteúdo – o que é uma notícia de valor para as marcas que permeiam a plataforma.
Mais que isso: ainda é o Twitter o grande responsável pela maioria dos “memes” gerados na internet. Pode reparar: muitas coisas que você vê na timeline do Facebook vem do Twitter, o que mostra que os usuários do microblog ainda conseguem fazer conteúdos engajadores e de sucesso em 140 caracteres.
E, para completar, o Twitter é, oficialmente, a segunda tela do mundo: tudo o que acontece ao redor do Globo, desde a Primavera Árabe aos Jogos Olímpicos, é noticiado em tempo real por seus usuários dentro dessa plataforma.
Será que isso é motivo o suficiente para que a rede social ainda seja levada em consideração quando o tema é promoção em turismo? Provavelmente, sim. E aqui vão cinco razões para endossar essa hipótese.
Conteúdo altamente compartilhável
O Twitter apresenta uma facilidade de compartilhamento que as outras redes sociais ainda não têm: o RT, ou retweet, está a um botão de distância. E nem sempre o conteúdo compartilhado vai ser de um amigo que você já segue em sua timeline. Se um deles republica o conteúdo de alguém ou marca que você ainda não conhecia, ela vai aparecer pra você do mesmo jeito – e, se você gostar, pode compartilhar esse conteúdo, mesmo sem seguir diretamente a fonte.
Isso aumenta, e muito, a capilaridade e o alcance do Twitter.
Público fiel
Como já foi dito, o público do Twitter é fiel: as pessoas seguem, realmente, quem querem seguir.
Então, na plataforma, o número de seguidores vale menos do que o engajamento deles: é melhor ter poucos e bons seguidores, com chances de replicar o conteúdo que você faz, do que ter centenas de milhares que não se engajam com o que você publica.
Maior possibilidade de exposição
No Facebook, aparecem na timeline dos usuários os conteúdos de páginas que pagaram por essa exposição no chamado Facebook Ads. Apesar de o Twitter ter essa possibilidade também (leia abaixo), ele não filtra o que será apresentado aos seguidores a partir do pagamento que recebeu.
Isso significa que todos os seus conteúdos estarão expostos de maneira gratuita na timeline de quem te segue, competindo com o que publicam os outros seguidores. Ou seja: quanto melhor for o conteúdo publicado, mais chance ele tem de ser replicado e, invariavelmente, exposto a potenciais novos seguidores.
Propaganda paga
Mas, se o alcance orgânico ainda não for o suficiente, é possível pagar o Twitter por posts patrocinados, assim como no Facebook e Instagram.
Se sua cidade ou agência de turismo vai fazer uma ação específica nos próximos dias, você pode pagar pela publicidade e aparecer para pessoas do perfil que você busca.
Assim, se essas pessoas virarem seguidoras, além de aumentar as chances de sucesso dessa ação, você terá maior audiência para ler suas próximas publicações – novamente, de maneira gratuita.
Humanização de marca
O Twitter tem o poder de fazer as marcas estarem mais próximas de seus seguidores através da humanização.
O maior case brasileiro nesse sentido é o do Pinguim do Ponto Frio: ao invés de a marca interagir de maneira fria com os usuários, criou uma mascote que conversa com as pessoas, fala coisas divertidas, dá dicas espertas e, vez ou outra, lança alguma promoção na rede.
Com essa estratégia, o Ponto Frio consegue seu objetivo de vendas e, mais que isso, angaria diversos fãs do Pinguim Brasil afora – que dá bom dia, boa noite e avisa quando vai sair para “almoçar peixinhos”, como se fosse alguém real.
Uma cidade ou agência de turismo pode se utilizar da mesma estratégia: ao humanizar a percepção que o usuário tem, a marca se torna ainda mais próxima de seu potencial cliente, criando vínculos de amizade e confiança. Daí a passar um recado que merece ser ouvido, como a promoção de uma ação turística, é um pulo.
Resumindo, apesar de não estar, ainda, na crista da onda, o Twitter é a rede social que tem mais capacidade de estreitar as relações entre marcas e usuários. Basta que os envolvidos se utilizem das estratégias certas para isso.