Muitos acreditam que “metaverso” seja apenas um nome criado para a plataforma Facebook. No entanto, existe um significado bem maior por trás dessa palavra. Trata-se de um conceito de universo online 3D que combina diversos ambientes.
Quando se pensa no futuro da internet, imagina-se que o metaverso vai permitir que os usuários trabalhem, se encontrem e até mesmo socializem em ambientes virtuais.
Assim sendo, seu conceito refere-se à criação de mundos remotos que são centrados em conexões sociais, podendo assumir muitas formas – desde experiência de realidade, com criação de avatar, em que usuários são inseridos em espaços digitalmente transformados, como é o caso de videogames, até a exploração de oportunidades para alcançar clientes onde quer que eles estejam.
Diante desse cenário, que transporta pessoas do mundo real para o virtual e vice e versa, o metaverso é visto como uma das tendências do turismo, podendo desempenhar papéis de grande importância nessa indústria que tem tudo para prosperar ainda mais nos próximos anos.
Qual é a influência do metaverso no turismo?
Durante o período da pandemia, vimos o quão frágeis são alguns setores da economia, entre eles o do turismo. Cidades, hotéis e atrativos turísticos foram fechados por quase dois anos, em uma ação necessária para conter o avanço do vírus e proteger a população.
No entanto, a indústria turística sofreu com os prejuízos financeiros, vivendo um dos momentos mais críticos das últimas décadas.
Existem outras formas de fragilidades que provocam quedas brutas no turismo, como desastres naturais, como aconteceu com Petrópolis ou simplesmente por uma conscientização da sociedade sobre mudanças climáticas, concentrando os esforços de publicidade em viagens locais, em vez de internacionais, para minimizar o impacto no meio ambiente.
Por conta dessas vulnerabilidades, o conceito de turismo no metaverso está ajudando a mudar a indústria ao proporcionar mundos virtuais interativos que alteram a forma como os viajantes se relacionam com o destino sem estar presencialmente no local.
E como fica a experiência do usuário?
Quem pensa que o metaverso é uma ameaça ao turismo está enganado. Na verdade, ele inspira turistas através de experiências interativas de realidade virtual, podendo criar ambientes do mundo real e fornecer ao usuário uma ideia clara do que se pode esperar do destino.
Esse mesmo conceito pode ser aplicado em outros tipos de serviços, tais como hotéis, restaurantes, museus e transportes. Juntos, os setores ajudam o viajante a entender o que eles podem oferecer – ou quanto tempo a viagem necessita para conhecer todos os atrativos.
Em outras palavras, o metaverso incentiva o turista a concluir uma reserva ou uma compra, já que a tecnologia oferece uma experiência de realidade virtual (RV). Com isso, as informações com relação a reservas são entregues com precisão, tornando mais provável que o cliente complete sua jornada de compra, em vez de desistir.
Um bom exemplo são os tours de RV em hotéis a partir de avatares digitais que permitem que os clientes “caminhem” em todos os espaços do ambiente, tendo uma noção do tamanho dos quartos e das instalações da rede hoteleira.
Além disso, o metaverso pode criar experiências que não são possíveis realizar no mundo real, como por exemplo, uma expedição para Marte ou um passeio para conhecer o interior de um vulcão.
Metaverso não é ameaça para o turismo real
A tecnologia não foi criada para ameaçar o turismo real: ela cria possibilidades para que as pessoas tenham momentos únicos e uma experiência que se difere da viagem física.
No entanto, o metaverso pode ser usado como um propagador dos destinos turísticos, alimentando o desejo do cliente até que ele não resista e queira conhecer o local físico.
O turismo do metaverso já está tão divulgado que a Islândia criou uma campanha para promover as belezas do país, de forma contrária ao conceito do metaverso. Em tom de paródia, um apresentador chamado Zack Mossbergsson mostra os atrativos da localidade de forma real, que é tratada como Islandiaverso.
Não há como escapar da tecnologia, especialmente das ferramentas virtuais, que estão transformando o setor de turismo por meio da alteração do relacionamento entre as empresas e seus clientes.
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