Alguns países ainda não se sentem confortáveis para receber visitas turísticas. A possibilidade do surgimento de uma nova onda de contaminação da Covid-19 ainda é um risco iminente. Como é o caso de Amsterdã, que tem se preocupado bastante com a situação atual. A medida adotada foi solicitar aos turistas para não visitarem a capital aos finais de semana.
Desde o dia 23 de julho, os visitantes podem circular na cidade tranquilamente, de segunda à quinta-feira, mas devem afastar-se da região central antes do início da sexta. A prática foi adotada ao notar o aumento rápido de turistas, de modo que o afastamento social mínimo de 1,5 metro entre as pessoas não era mais possível de ser controlado.
Mesmo antes do novo coronavírus espalhar-se como pandemia no mundo, o overtourism já estava entre nós. Esse é o nome dado ao excesso de turistas em um único local, tornando a experiência menos agradável do que deveria ser. Na Europa essa já era uma questão antiga, que atinge pontos famosos, como o Louvre, impossibilitando à aproximação aos quadros mais famosos.
Já era um projeto reinventar-se para evitar o overtourism que desglamurifica locais. Agora, com as medidas de segurança de proteção à saúde, a mudança tornou-se uma necessidade urgente.
Mas, antes, o que é overtourism?
Imagine-se realizando o sonho de visitar a Torre Eiffel em uma noite estrelada e carregada de romance. Entretanto, existe uma fila tão longa para conhecer o monumento que a espera para entrar na estrutura torna impossível a realização do seu sonho. Frustrante, não é mesmo? Com as medidas de segurança de proteção contra a Covid-19, a fila, que já era longa, aumentou ainda mais, já que a capacidade de visitação do espaço foi drasticamente reduzida.
O Overtourism é exatamente esse lado negativo do turismo, causado pela quantidade enorme de pessoas interessadas em um único monumento e lugar. O ecossistema da região acaba prejudicado, já que não foi projetado para suportar tantas visitas de uma só vez. Em exposições culturais, por exemplo, a experiência é comprometida e muitos detalhes são deixados de lado devido ao enorme tumulto.
Preservar locais assim, com a presença ininterrupta de turistas, é uma missão quase impossível para os anfitriões, o que degrada, aos poucos, a beleza do lugar. Até certo tempo atrás, outras cidades europeias também sofreram com o overtourism, como Barcelona e Veneza.
Resolver a situação não é tão simples quanto parece. Recusar visitantes não é, nem de longe, aconselhável para muitas cidades que basicamente têm a economia movida pelo turismo.
Esse é o momento de inovar para evitar o overtourism
Para contornar essa realidade, algumas estratégias precisam ser traçadas de modo sustentável. Uma saída é promover ações que divulguem o local de acordo com o tipo específico de turista. Ou seja, a atração seria direcionada à qualidade, não quantidade.
Nesse caso, estamos falando de segmentar os visitantes por interesses pessoais. Por exemplo, as visitas aos museus ocorreriam por pessoas realmente interessadas em obras de arte, não apenas pela fama do lugar.
Também é comum perceber que, alguns pontos, os próprios moradores não se interessam por visitar as atrações turísticas da região, o que pode ser mudado com políticas públicas de incentivo à visitação. Assim, a comunidade passaria a figurar como principal fator de movimentação da economia local e maior interessada na riqueza cultural do seu povo.
Mesmo com as experiências modificadas pela chegada da Covid-19, quem gosta de viajar não vai deixar de lado sua grande paixão por conhecer novos lugares. Por enquanto, até que as questões de overtourism se resolvam para evitar aglomerações, outras cidades, tão bonitas quanto Paris e Amsterdã, também podem ser visitadas.
A Europa tem se preparado para receber os turistas com segurança e evitar a proliferação da doença nas cidades. Visite o blog e saiba mais sobre as principais ações no continente para garantir a melhor viagem possível com a chegada no “Novo Normal”.