A gente vive falando, aqui no blog, sobre a inovação no turismo e, mais recentemente, sobre os impactos do coronavírus no setor. Recentemente, eu mesmo fui pego em uma situação inusitada e típica desse momento.
Eu tive a infeliz experiência de perder a conexão de um voo essa semana. Se, em condições normais de temperatura e pressão, perder voo já não é um passeio no parque, em 2020 o cenário é ainda mais complexo.
Primeiro, devemos levar em consideração que cada país está com sua própria política de entrada e saída de turistas, incluindo o Brasil. Existe tanto a restrição da entrada de brasileiros em outros países quanto a chegada dos voos em território nacional. Eu fui parar exatamente no meio desse impasse.
Passei os últimos meses fazendo um estudo sobre turismo na Suíça e estava com retorno marcado ao Brasil. Na conexão, em Frankfurt, acabei não conseguindo embarcar, junto a um grupo considerável de pessoas que também perderam o mesmo voo.
Como o momento é atípico, o próximo voo para o Brasil não era no dia seguinte ou no outro, e sim quatro dias depois. “Hospedado” no aeroporto por toda a semana, acabei vivenciando, na prática, essa nova realidade aeroportuária.
Acho importante falar sobre ela porque perder o voo, seja por motivos pessoais ou algum erro da companhia aérea, resulta em uma série de inconvenientes pelos quais ninguém quer passar. Eu ainda me considero “sortudo”, já que a situação foi resolvida em um curto espaço de tempo, se compararmos com outras pessoas que conheci e estavam no aeroporto por duas, três ou até quatro semanas.
O que levar em consideração nesse período
Se você vai fazer alguma viagem internacional pelos próximos dias, algumas dicas podem ser interessantes. Eu as baseei na minha própria experiência, mas certamente elas serão úteis caso algum imprevisto ocorra em outros aeroportos.
Afinal, todos, de certa forma, estão passando pela mesma rotina – e vão continuar por algum tempo, durante esse ano.
Os principais alertas são:
Rechear a mala de mão
Muitas lojas estão fechadas nos aeroportos, e, mesmo que não estivessem, elas servem mais para souvenires que para emergência, já que o preço das mercadorias não é relativamente baixo. Assim, você pode até ter dinheiro para comprar, mas não haverá o que comprar.
Por isso, leve duas ou mais mudas de roupa na sua mala de mão, além de levar os itens de higiene pessoal mais básicos, como escova e pasta de dente, sabonete e, se possível, uma toalhinha de lavabo.
Ah, e tem um detalhe: as bagagens despachadas ficarão inacessíveis pelo tempo em que você estiver sem voo. Por isso, o que for essencial precisa estar na bagagem de mão.
Atentar-se às alterações
Os aeroportos ao redor do mundo estão operando com número reduzido de voos, e muitas companhias aéreas tomam a decisão de agregar suas viagens umas às outras para otimizar o serviço. Dessa forma, mantenha atenção aos detalhes sobre voos alterados ou reagendados.
Isso significa ficar de olho nos painéis, já que as alterações de voos e portões pode ocorrer com maior frequência nessa época.
Vale lembrar que, como grande parte dos voos não tem frequência diária, a única saída em caso de perda é ficar “preso” no aeroporto pelos dias faltantes até o próximo transporte possível.
Ter à mão os contatos pertinentes
Muitas companhias aéreas não estão atendendo nos guichês presenciais dos aeroportos, ou o fazem com equipe e horários reduzidos. Portanto, é importante que você tenha o contato da empresa contratada para a viagem em mãos, já que, provavelmente, tudo será resolvido online ou por telefone.
Isso é o que posso destacar, hoje, a partir da minha experiência. Se você teve problemas com voos nessa quarentena e tem outras dicas valiosas, deixe nos comentários e vamos aumentar a lista.