A transformação digital veio para ficar, atingindo diversas áreas de serviços – como a do turismo, que teve que alterar suas formas e processos para se adequar a essa demanda.
A busca por destinos inovadores cresce em todo mundo, valorizando cada experiência que a viagem proporciona. Para que isso aconteça, a tecnologia não pode ficar de fora. Afinal, a vida sem internet não faz o menor sentido. Como publicar as fotos e status nas redes sociais?
Mas já pensou em vivenciar outro tipo de turismo, menos conectado, mas sem perder a inovação que tanto atrai olhares e visitas? A “viagem analógica”, ou desconectada, pode te oferecer isso.
Quando fazemos uma viagem a passeio, o que mais interessa é desfrutar de tudo que aquele lugar pode nos oferecer: conhecer a cidade, almoçar em um restaurante bacana, fazer amigos e, sobretudo, relaxar.
No entanto, a primeira coisa que pedimos quando chegamos ao hotel, ou em algum ponto turístico, é a senha do wi-fi. Dessa forma, é quase impossível ter um contato mais profundo com a cultura local e aproveitar a viagem para tentar se desligar dos problemas.
Em muitos casos, a inovação não está nos aplicativos e tendências que podem facilitar suas atividades, deixando-as diferentes e agradáveis. Cabe ao “inédito” dar um passo atrás e se permitir desconectar da tecnologia para curtir os ideais turísticos pretendidos em viagens.
Um bom exemplo é o Hotel Marriot Renassaince, em Pittsburgh. A política do estabelecimento é a seguinte: todos os hóspedes, ao fazerem o check-in, devem entregar celulares, laptops e qualquer outro dispositivo eletrônico que tenham em mãos.
O objetivo é proporcionar ao viajante uma experiência diferente, com foco na pausa para o descanso. Em troca, o hotel oferece uma seleção de livros para que o cliente mergulhe em boas histórias entre um passeio e outro.
Benefícios do turismo analógico
Hoje em dia, temos a impressão que o que não for registrado e exposto na rede social não existe. Em algumas ocasiões, as pessoas investem tanto tempo em registrar acontecimentos em seus celulares que acabam se privando de curtir a essência da viagem.
O turismo analógico é como um “detox” para pessoas viciadas em tecnologia. Em um primeiro momento, isso pode parecer enfadonho e totalmente sem graça. Afinal, como se desligar da internet no período em que as publicações podem render muitos likes e comentários?
A vantagem de se desconectar, mesmo que por pouco tempo, é a possibilidade de se libertar da obrigação de checar as redes sociais e reforçar a sua relação com o lugar que está visitando.
Além disso, a imersão não-digital pode ser uma oportunidade de reflexão e autoconhecimento.
Outro grande benefício que a viagem analógica proporciona é o encontro com as pessoas que vivenciam a mesma experiência que você. A ocasião é propícia para conversas, troca de ideias e surgimento de conexões reais, sem o inconveniente de ficar o tempo todo olhando para tela do smartphone.
Existem muitos resorts pelo mundo em que os hóspedes pagam para não ter acesso à internet. Talvez alguns viajantes considerem isso uma loucura; mas, na verdade, a inovação nem sempre está ligada a equipamentos de última geração, inteligência artificial e realidades aumentadas, e sim ao uso que fazemos dos recursos que temos.
Inclusive os analógicos.
Se você é um viajante acostumado com a tecnologia e só frequenta locais high-tech, ao desplugar-se completamente estará vivendo uma forma de inovação, mesmo que o ambiente não pareça tão inovador assim.
O turismo é transformador quando propõe alternativas que possam mostrar ao viajante caminhos diferentes dos quais ele está acostumado.
E você, acredita que o turismo analógico também é inovador? Deixe seu comentário e vamos continuar a conversa.