Mesmo que muitas pessoas não sejam praticantes de esporte, é quase impossível não se deixar contagiar pelos Jogos Olímpicos. Eles mexem não só com os atletas que treinam anos a fio para as disputas, mas, também, com toda a estrutura da cidade que irá sediar o evento.
A cada quatro anos, ficamos sempre na expectativa de inovações nas Olimpíadas. Em 2016, no Brasil, a tecnologia se mostrou presente em alguns aspectos: a equipe do remo, por exemplo, utilizou sensores nos equipamentos e nos atletas para monitorar o desempenho individual e do grupo. Além disso, os geradores de emergência ao redor dos estádios eram constantemente monitorados por sensores que transmitiam os dados para as centrais de controle.
Para os próximos Jogos Olímpicos, no Japão, se espera muito mais. Afinal, o maior evento esportivo irá acontecer em Tóquio, uma das cidades mais futuristas e sofisticadas do planeta.
Aliás, é impossível falar do Japão e não mencionar o moderno sistema de transporte ferroviário que, através do famoso Trem Bala, propicia viagens econômicas, rápidas e confortáveis a várias cidades do país.
Se Tóquio já é uma cidade que respira tecnologia, vale imaginarmos o que está sendo reservado para os jogos de 2020… veja algumas das muitas inovações que esperamos serem disponibilizadas nas Olimpíadas de Tóquio.
Transmissão de TV em 8K
Todas as competições dos Jogos Olímpicos de Tóquio serão transmitidas em resolução 8k, que tem 16 vezes o número de pixels na tela que uma Full HD.
Essa tecnologia foi utilizada na Olimpíada do Rio na filmagem de 130 horas de conteúdo 8K para um público selecionado. Isso porque, para se receber essa transmissão, de altíssima definição, é preciso ter um aparelho compatível – cujo preço ainda é pouco acessível.
Comunicação
Como conseguir administrar a comunicação de milhares de atletas de mais de 200 países em uma única cidade?
A tarefa não é fácil, visto que são muitas pessoas falando vários idiomas ao mesmo tempo – e o japonês, particularmente, não é o mais tranquilo de aprender. Turistas que vão ao país recorrem muitas vezes à boa e velha mímica para se fazer entender, já que o inglês é uma ferramenta de luxo por lá.
Então, para que a língua não seja uma barreira, o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação e de Comunicação do Japão vai oferecer um aplicativo de tradução em tempo real, cuja inovação pode ser utilizada para fins turísticos nos próximos anos.
Chamado de VoiceTra, o software suporta 31 idiomas e pode ser baixado e usado gratuitamente. A intenção para 2020 é disponibilizar o App para o público em computadores e telefones em locais turísticos.
Chuva de meteoros artificial
A abertura das Olimpíadas de Tóquio promete ser um show à parte: os organizadores da cerimônia pretendem realizar uma chuva de meteoros no dia do evento!
A ideia é lançar na atmosfera uma espécie de satélite que irá atirar minúsculas esferas nos espaço. Devido à fricção com o ar, irão brilhar como estrelas cadentes.
Táxi autônomo
Já pensou entrar em um táxi sem motorista? É isso que os turistas podem esperar de Tóquio em 2020.
Muitos testes têm sido feitos para aperfeiçoar o sistema autônomo. Em agosto desse ano, a capital japonesa começou a operar a tecnologia, ainda como projeto piloto.
Nessa fase inicial, o trajeto das corridas é limitado a 5,3km entre a estação de Tóquio e o distrito de Rappongi. O veículo faz apenas quatro viagens ida e volta por dia e as reservas são feitas pelo smartphone.
Algas marinhas como fonte de combustível
A alga é fonte bem interessante de energia. Ela diminui a emissão de dióxido de carbono em até 70% em comparação a combustíveis feitos a partir do petróleo.
Essa alternativa se destaca em relação a outras fontes de energia verde, como o óleo feito do milho, por conseguir produzir 60 vezes mais óleo por hectare e por ser mais simples de cultivar.
A intenção é transportar turistas para os Jogos Olímpicos de Tóquio com aviões movidos a alga marinha. O único problema é o custo para se produzir esse combustível: 2,50 dólares por litro. Para viabilizar essa fonte alternativa, o valor precisa cair para 80 centavos.
Cidade movida a hidrogênio
O interesse do Japão é transformar Tóquio na primeira cidade totalmente movida a hidrogênio do mundo.
Mas, de início, a Vila Olímpica será prestigiada com essa inovação. Toda a estrutura será alimentada por esse combustível: cem ônibus e seis mil carros serão movidos a gás, além de ser a principal fonte de energia para a área da imprensa e quartos dos atletas.
Muitas dessas novidades para os jogos podem se tornar perenes e fazer da experiência turística no Japão algo ainda mais incrível – além, claro, de inspirar novos usos de tecnologia mundo afora.
O que você espera desse evento? Compartilhe com a gente as suas expectativas.