O AirBnb, do qual já falamos neste Blog, e outras iniciativas extremamente rentáveis do setor de turismo mostram que empreender nessa área pode ser como achar a mina de ouro.
Não se trata, apenas, de abrir um negócio de hospedagem, uma agência convencional ou até uma nova companhia aérea: tudo isso pode dar retorno financeiro, mas estamos falando de realmente inovar. De buscar uma solução a qual ninguém mais pensou – ou implementou – antes e fazer com que ela seja percebida como uma alternativa interessante pelos turistas.
Se pararmos pra pensar, vamos ver que inovar em turismo deixou de ser “apenas” uma escolha para se tornar um nicho de mercado. Além de ser uma linha de negócios bastante rentável, a inovação se mostrou tão necessária que até as incubadoras de startups ao redor do mundo estão dando mais atenção para esse campo de trabalho.
A primeira cidade a ter sua própria incubadora de empresas especializadas em turismo foi Paris, com a Welcome City Lab, fundada em 2014. Os números da capital francesa nos fazem entender o risco desse investimento: a cidade é o primeiro destino turístico mundial. De acordo com dados de 2013, Paris recebeu 32,3 milhões dos 40 milhões de turistas que passaram pela França.
Isso nos mostra que Paris não precisava investir em inovação… a menos que quisesse mais. E, em se tratando de turismo, quem é que não quer mais? Faz parte da visão estratégica de um governo ou coletivo de empresas especializadas manter o interesse do público em um destino, pois só assim a roda continua girando e economia de muitos lugares continua de pé.
Então, se “até Paris” fez sua incubadora, é um sinal de que logo, logo muitos outros lugares do mundo abrirão seus olhos para isso.
E Portugal já seguiu o exemplo: o governo português desenvolveu o programa Turismo 4.0 para fomentar iniciativas inovadoras em turismo dentro do país, visando mais público e, consequentemente, mais receita.
A missão do projeto é ousada: transformar Portugal em um hub mundial de inovação em turismo, promovendo um ecossistema de cooperação empresarial e tecnológica. Contudo, tem tudo para dar certo, uma vez que, quando o objetivo é potencializar novas formas de prestar velhos serviços, a tecnologia precisa ser um braço dos negócios. E, claro, as empresas devem estar abertas para melhores soluções.
Como você pode entrar em um ecossistema de turismo?
A primeira requisição para que você ou sua empresa tenham melhor chances de fazer parte de um ecossistema inovador é tendo um projeto sólido para a área de turismo. Ele não precisa estar, ainda, na fase de obter clientes ou gerar receita, mas estar apenas no campo das ideias pode dificultar sua explanação para os agentes do mercado.
Por isso, desenvolva um modelo de negócios que mostre como você pode ajudar nesse campo. Se quer fazer algo em turismo, mas ainda não sabe o que, veja as tendências de inovação para os próximos anos:
- Melhorar a experiência dos turistas com aplicativos já consolidados pode ser uma boa ideia. AirBnB e Uber não dão muito espaço para concorrência direta, a menos que a solução a eles seja incrível. Mas os dois podem ser bastante inspiradores. Já andam surgindo por aí apps baseados em geolocalização para caronas, além de formas alternativas de hospedagem, como os Poshtels (posh hostels, ou albergues chiques);
- O conceito “bleisure” (business e pleasure, ou prazer) é uma tendência mundial de turismo que pode dar boas ideias de negócios, principalmente ligados aos aplicativos mobile.
Outra ideia é tirar um tempo para ler os artigos anteriores do blog e buscar inspirações inovadoras para o turismo de experiência. Afinal, hoje em dia a maioria dos turistas querem ir a algum lugar para ter uma experiência real da vida no destino escolhido, e não apenas visitar cartões postais.
Existem incubadoras no mundo – e muita oportunidade de trabalho – esperando investir nas melhores iniciativas. Quem sabe uma delas não é a sua?