Viajar talvez seja a atividade que a maioria das pessoas mais gosta de fazer. É uma forma de sair da rotina, conhecer novos lugares, fazer amizades e ter incríveis experiências.
Para atender à demanda de viajantes dispostos a desbravar possibilidades de cultura e conhecimento, o turismo se inova para propiciar formas mais criativas de passeios. Ele une cultura, história e diversão a outros elementos que enriqueçam a visita.
O turista deixou de ser aquela pessoa que quer “apenas visitar”: ele anseia por descobrir o modo de vida do lugar de destino. Para isso, ferramentas surgem com o intuito de oferecer conforto e rapidez a quem quer “olhar como um nativo”.
Com tanta transformação, muitos termos despontam no segmento turístico, fazendo com que os envolvidos se atentem para novos conceitos. Veja os principais que precisam fazer parte do dicionário de todos os profissionais dessa área:
1 – Economia do compartilhamento
Quem não quer conhecer o mundo gastando pouco?
A economia do compartilhamento auxilia os viajantes a buscar modelos alternativos que, além de não pesar tanto no bolso, contribuem para o turismo sustentável.
A ideia é simples: a maioria das interações é baseada em trocas e reutilização, através de sites de serviços que se propõem a ajudar na organização dessa experiência.
Para entender, veja o exemplo do Airbnb. O site permite que viajantes aluguem acomodações dos moradores da localidade do destino. É uma vantagem para quem loca, pois, muitas vezes, a hospedagem sai mais em conta que um hotel e, ainda, é uma renda extra para o dono do imóvel.
Outro serviço de hospitalidade, bem diferente, é o Couchsurfing, um projeto onde existe uma rede de confiança que oferece hospedagem gratuita. Essa rede social faz a ligação entre o turista que procura um lugar e pessoas que gostariam de receber visitantes sem cobrar nada por isso. A intenção é que o visitante conheça outros lugares baseado na experiência do anfitrião, que servirá como guia.
2 – Destinos turísticos inteligentes
O conceito surgiu em 2012, na Espanha, e propõe turismo inovador consolidado sobre uma infraestrutura tecnológica, garantindo o desenvolvimento do turismo sustentável.
Para que uma cidade receba bem um visitante, e se torne recomendação dele, os atrativos precisam usar as novas tecnologias de maneira estratégica. Isso que quer dizer que, quanto mais pessoas têm acesso a esse desenvolvimento, maior será a integração e interação do visitante com o meio ambiente, além da melhora da qualidade de sua experiência no destino.
O governo espanhol aposta nessa transformação do modelo de turismo baseado nos conceitos de inovação, tecnologia, sustentabilidade e acessibilidade, pensando no novo perfil de mercado, dominado por turistas conectados e cada vez mais exigentes.
Os objetivos são:
- controle maior do turismo;
- gestão mais eficiente e sustentável;
- aumento da rentabilidade;
- competitividade da economia como um todo.
Um exemplo é a de Palma de Mallorca, considerada a mais ampla área com Wi-Fi gratuito da Europa e plataforma de monitorização turística. O município de Las Palmas de Gran Canaria também lançou um modelo para impulsionar o turismo de compras na cidade, através de tecnologia móvel multilíngue e a criação do primeiro escritório de informação turística totalmente digitalizada.
3 – Blockchain
O conceito de blockchain, ou cadeia de dados, representa uma forma de validar uma transação ou registro, e foi desenvolvido para dar mais segurança às operações digitais por trás de moedas criptografadas, como o Bitcoin.
Seu uso começa a se diversificar, com registro da utilização dessa tecnologia para outros fins, como a validação de documentos, contratos, venda de imóvel ou troca de ações.
Para o turismo, é uma nova possibilidade de o setor receber startups que invistam nessa tecnologia, deixando a vida do turista mais descomplicada financeiramente.
Para se ter uma ideia, desde 2014, a Expedia aceita o pagamento via criptomoeda, uma forma de fazer seus recebimentos financeiros sem intermediação e burocracia, ao passo que um pagamento “normal” como o Paypal cobra-se um percentual pela transação.
4 – Overtourism
É um conceito mais recente que discute o excesso de turismo e o seu efeito no meio ambiente.
A concentração excessiva de turistas em determinada área impacta sua estrutura e tudo que está à volta, dificultando a operação turística com sustentabilidade, ou seja, sem danificar o meio ambiente ou prejudicar outras áreas, como o social e cultural.
Para minimizar esses impactos, alguns pontos turísticos passaram a adotar medidas de combate ao excesso de turismo.
Um exemplo é o arquipélago de Fernando de Noronha, declarado Patrimônio Natural da Humanidade: devido ao aumento do fluxo de visitantes, foram estabelecidos regulamentos como obrigatoriedade do pagamento de taxa diária de preservação ambiental nos primeiros cinco dias de permanência no lugar. No entanto, o valor é corrigido após 5 dias e, novamente, após 10 dias.
5 – Big Data
Big Data diz respeito ao volume de dados criados e armazenados diariamente nos servidores das empresas. Mas como utilizá-lo no turismo?
Ao realizar uma viagem, o turista não só leva recordações, mas deixa, também, um rastro de informações sobre ele. Com a análise correta desses dados é possível transformar uma cidade, região ou país em destino muito visitado, garantindo maior rentabilidade aos negócios do setor.
Viajar é uma das atividades mais antigas do mundo, mas nem por isso seus conceitos estacionaram no tempo. Novas formas de pensar o turismo surgem a cada instante – e estar atento às inovações trás vantagens competitivas para as empresas e mais informações e benefícios para os clientes.
E você, prioriza algum novo termo turístico que não foi citado nesse texto? Deixe sua contribuição nos comentários.