Gerir a atividade turística envolve a difusão e a proteção do patrimônio e da história local. Mais do que isso, tem o poder de transformar a sociedade regional, pois o turismo gera empregos e incrementa a renda da comunidade. Não é à toa que a gestão do turismo se transformou em estudo especializado nas modalidades de curso tecnólogo e pós-graduação.
Com essa competência, o profissional se capacita para atuar como executivo ou empreendedor em diversas áreas do turismo, desenvolvendo a logística desde o meio de transporte até a experiência do turista no local, implementando diferenciais competitivos para o desenvolvimento do destino. No entanto, a qualidade da experiência turística não depende, somente, de um profissional qualificado à frente da gestão de processos, uma vez que esse trabalho envolve a integração entre iniciativa privada e o poder público.
Além do cartão postal, o setor turístico, analisado do ponto de vista macro, influencia e é influenciado por vários micro-setores dentre os quais podemos destacar: atrativos turísticos, arte, cultura, hotelaria, gastronomia, comércio, meios de locomoção, atendimento médico e prefeitura, entre outros. Por se relacionar com tantas áreas, a atividade turística requer uma estrutura organizada, que coordene o desenvolvimento da comunidade para, ao mesmo tempo, impactar a experiência do visitante de forma positiva.
Compete ao poder público municipal elaborar uma legislação para regulamentar a atividade turística de forma participativa, ou seja, sem ignorar a comunidade e a representação de todos os agentes envolvidos no setor.
Partindo de tal princípio, normas devem conduzir a atuação de turistas, empresários do ramo e da comunidade em seu entorno. Nesse contexto, o Conselho Municipal de Turismo (COMTUR) e a Secretaria Municipal de Turismo (SETUR) devem dialogar para implementar programas que estejam de acordo com o regimento de gestão do Estado e do País.
Regionalização: uma iniciativa pública de gestão da política de turismo no Brasil
Estruturar o turismo em um país de dimensão continental, como o Brasil, não é tarefa fácil. Por isso, é importante uma abordagem que valorize as qualidades culturais e geográficas de cada município. Foi pensando nisso que o Programa de Regionalização do Turismo (PRT) foi criado.
O PRT é a referência para todas as ações do Ministério do Turismo e das Secretarias de Estado de Turismo e representa o principal instrumento de execução da Política de Turismo em âmbito nacional. Através dessa iniciativa, os municípios são estimulados a trabalhar em equipe, se agrupando em regiões que compartilhem características em comum.
Em Minas Gerais, por exemplo, a regionalização se consolidou por meio dos circuitos turísticos. Através dessa instância, o governo municipal dialoga com os governos estadual e federal. Nessa organização, alguns municípios mineiros se juntam para planejar, desenvolver e consolidar a atividade turística local e regional de forma sustentável e descentralizada, sem fins lucrativos, com a participação da sociedade civil e do setor privado.
O circuito se baseia no associativismo e se mantém por meio de taxas de adesão, contribuições mensais e captação de recursos. Além disso, possui autonomia financeira e é regido por um estatuto interno.
Já sabe como funciona a política de regionalização de turismo em seu município? Compartilhe curiosidades sobre isso nos comentários! Conhecer essas diretrizes pode te dar mais assertividade e inovação na gestão pública do turismo.