O turismo é, cada vez mais, um evento social: quem visita um novo lugar ou faz um passeio legal, ainda que esteja sozinho durante essas atividades, vai contar sobre a experiência para seus familiares e amigos – no mínimo. Em tempos de redes sociais, essas informações são compartilhadas com muito mais gente, uma vez que os turistas utilizam pelo menos uma de suas plataformas de interação para contar sobre o assunto.
Agora, graças ao Big Data, é possível monitorar essas informações e mudar as estratégias de negócio para adaptar as promoções turísticas à realidade de seus públicos-alvo.
Mas o que é, afinal, o Big Data?
O termo implica numa maneira de repaginar o que acontece há muito tempo, só que com mais recursos (tecnologia digital): o recolhimento e o armazenamento de informações que podem impactar negócios e permitir a lapidação de novas estratégias.
Isso já é feito há anos, através de pesquisas, entrevistas e observação de uso de produtos e serviços, mas o Big Data vem para aumentar a capilaridade das informações e conseguir filtrar, de maneira ainda mais específica, a análise desses dados, buscando padrões nas informações coletadas que podem auxiliar na tomada de decisão.
Esse recurso é baseado em três “V”: volume, velocidade e variedade. Com uma fonte gigantesca de informações, em uma velocidade sem par e com uma variedade bem interessante de formatos de armazenamento, a análise de Big Data permite atividades não-convencionais para descobrir em um curto espaço de tempo quais são as melhores maneiras de reagir a fatos, comentários, sugestões e vontades dos usuários de um tipo de mercado, por exemplo.
Como o Big Data pode ajudar no setor de turismo?
Quando você sabe basicamente tudo sobre o que um usuário quer do seu produto ou serviço, indo diretamente em sua necessidade ou desejo, o que você pode fazer a respeito disso?
Quem respondeu “personalizar a oferta” está indo pelo caminho certo – e é exatamente isso que Big Data te permite fazer dentro da realidade do seu negócio. A análise das informações que ele te dá pode promover inúmeras maneiras de atingir o seu consumidor final exatamente da forma em que ele deseja ser atingido, ainda que não saiba disso.
Ficou confuso? Calma: a tecnologia por trás do termo Big Data é, mesmo, bem complexa, mas sua utilização é das mais fáceis e pode gerar uma boa receita para quem se dedicar a estudá-lo mais a fundo.
Um estudo do tema mostra que o turismo na Espanha avança a todo vapor porque utiliza Big Data para pensar campanhas turísticas com ofertas indispensáveis e melhorias de infraestrutura pensadas exclusivamente a partir da transformação digital dos turistas, e de como eles se comportam em suas redes sociais.
Com a análise profunda dos dados disponíveis na rede, hotéis, agências de viagem e até mesmo o governo espanhol procuram melhorar a experiência dos turistas enquanto passeiam pelo país e compartilham de seus momentos na internet, gerando mais dados e conseguindo abranger mais e mais pessoas para a análise de novas informações.
Assim, quanto mais pessoas comentam sobre um ponto turístico inesquecível da Espanha, mais os agentes de turismo locais podem fazer com que esse lugar seja divulgado de forma assertiva, aumentando as chances de retorno. Por exemplo: se os dados geram resultados dizendo que as pessoas buscam saber mais sobre lua de mel em Andaluzia, o setor de turismo local pode trabalhar mais esse viés do que tentar vender o destino apenas para mochileiros ou famílias já formadas.
Por fim, outra vantagem é o compartilhamento de informações sobre o cliente entre os diversos setores de turismo que atuam juntos, como governo, agências, companhias aéreas, hotéis, etc. Quanto mais houver a convergência entre os agentes turísticos de uma localidade, melhor podem ser as chances de crescimento social e econômico desse lugar.
E esse, claro, é um dos melhores motivos para começar a melhorar seu entendimento sobre Big Data, e como ele pode te ajudar, ainda hoje.